A
ideia foi da Patrícia Baikal, Denize Cruz, Maria Thereza Lima e Lai Lrdo:
trazer para o Grupo de Literatura de Autoria Feminina de Brasília o filme sobre
a vida de Violette Leduc e sua bela relação de affidamento literário com Simone
de Beauvoir. Estávamos conectadíssimas todas: em São Paulo, Sant'Ana Do
Livramento e Brasília!
Violette
– o filme sobre Violette Leduc e Simone de Beauvoir, por Patrícia Baikal, em http://www.palavrasdebandeja.com.br/2015/03/violette-o-filme-sobre-violette-leduc-e-simone-de-beauvoir.html
Violette Leduc é uma mulher em busca de
amor, na grande Paris do século XX. Abandonada pelo seu primeiro marido, ela vê
na escrita uma forma de falar sobre os seus desejos e da vontade recolhida e
cruel de ser amada. A miséria não a faz desistir — ao contrário — nela,
Violette parece encontrar a simplicidade de escrever as suas memórias mais
profundas, descortinando vários tabus da época: homossexualidade, aborto e as
relações conturbadas com a sua mãe. É um desabafo que ela protagoniza num
quarto apertado, mas todo seu, e desprovido de qualquer luxo. (...) É numa
tarde de grandes expectativas que Violette entrega a Simone de Beauvoir o seu
primeiro manuscrito — “L’Asphyxie” (“A asfixia”). Poucos dias depois, Violette
é surpreendida com o incentivo da sua nova mentora, a própria Simone de
Beauvoir. Uma história de companheirismo entre estas duas mulheres surge da
convivência nem sempre fácil, mas muito rica em todos os sentidos. (...) Depois
de “L’Asphyxie” (1946), Violette Leduc escreve “Ravages” (“Estragos”,1955) e
“La Batarde” (“A bastarda”, 1964), e também assume sua paixão não correspondida
por Simone de Beauvoir. Enquanto isso “O segundo sexo” (1949) e “Os mandarins”
(1954) são escritos por Simone de Beauvoir. As visões feministas de ambas as
autoras são temas de vários diálogos no filme, o qual ressalta a luta das
mulheres por mais independência e igualdade de direitos. (...) Quem assiste ao
filme não tem dúvidas sobre a força da união entre as mulheres, e também da literatura:
a cada página escrita, Violette se transforma numa mulher mais forte e
corajosa. O filme ainda deixa várias reflexões: quais as conquistas já
alcançadas pelas mulheres? E quantas ainda estão por vir?
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