domingo, 29 de março de 2015

A ideia foi da Patrícia Baikal, Denize Cruz, Maria Thereza Lima e Lai Lrdo: trazer para o Grupo de Literatura de Autoria Feminina de Brasília o filme sobre a vida de Violette Leduc e sua bela relação de affidamento literário com Simone de Beauvoir. Estávamos conectadíssimas todas: em São Paulo, Sant'Ana Do Livramento e Brasília!


Violette – o filme sobre Violette Leduc e Simone de Beauvoir, por Patrícia Baikal, em http://www.palavrasdebandeja.com.br/2015/03/violette-o-filme-sobre-violette-leduc-e-simone-de-beauvoir.html

Violette Leduc é uma mulher em busca de amor, na grande Paris do século XX. Abandonada pelo seu primeiro marido, ela vê na escrita uma forma de falar sobre os seus desejos e da vontade recolhida e cruel de ser amada. A miséria não a faz desistir — ao contrário — nela, Violette parece encontrar a simplicidade de escrever as suas memórias mais profundas, descortinando vários tabus da época: homossexualidade, aborto e as relações conturbadas com a sua mãe. É um desabafo que ela protagoniza num quarto apertado, mas todo seu, e desprovido de qualquer luxo. (...) É numa tarde de grandes expectativas que Violette entrega a Simone de Beauvoir o seu primeiro manuscrito — “L’Asphyxie” (“A asfixia”). Poucos dias depois, Violette é surpreendida com o incentivo da sua nova mentora, a própria Simone de Beauvoir. Uma história de companheirismo entre estas duas mulheres surge da convivência nem sempre fácil, mas muito rica em todos os sentidos. (...) Depois de “L’Asphyxie” (1946), Violette Leduc escreve “Ravages” (“Estragos”,1955) e “La Batarde” (“A bastarda”, 1964), e também assume sua paixão não correspondida por Simone de Beauvoir. Enquanto isso “O segundo sexo” (1949) e “Os mandarins” (1954) são escritos por Simone de Beauvoir. As visões feministas de ambas as autoras são temas de vários diálogos no filme, o qual ressalta a luta das mulheres por mais independência e igualdade de direitos. (...) Quem assiste ao filme não tem dúvidas sobre a força da união entre as mulheres, e também da literatura: a cada página escrita, Violette se transforma numa mulher mais forte e corajosa. O filme ainda deixa várias reflexões: quais as conquistas já alcançadas pelas mulheres? E quantas ainda estão por vir?






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