No nosso mês de março, um mês de comemorações
para as mulheres, dedicamos nossa leitura, atenção e reflexão a um ensaio imprescindível
da Diana Corso do livro “Tomo conta do mundo: Conficções de uma psicanalista”.
O ensaio chama-se “Sem medo de Virginia Woolf” e atualiza, de muitas maneiras,
parte dos conceitos que temos trabalhado juntas no Grupo de Literatura de
Autoria Feminina de Brasília. A questão da autoria feminina, das escritoras
mulheres, do “affidamento” e das genealogias femininas.
A perspectiva da autora, no entanto, não é a da
Crítica Literária Feminista, mas dialoga fartamente com esta a partir da
psicanálise e de um olhar cirúrgico sobre as personagens femininas de Virginia
Woolf que representam as mulheres do século XIX e do século XX.
Lemos com prazer, felicidade e assombro este
artigo de Diana Corso que tornou-se definitivo para o nosso trabalho. Para ela,
diferentemente da interpretação freudiana de que é impossível saber o que
querem as mulheres, estas grandes insatisfeitas, as mulheres tem uma maneira
própria de pensar originária de uma experiência específica no mundo. Os três
encontros que estivemos debruçadas sobre o ensaio poderiam se desdobrar num
único curso.
Obrigada,
Diana Corso, pela sua bela homenagem à Virginia Woolf, que é, por extensão uma
homenagem às mulheres e às escritoras, o seu ensaio foi um verdadeiro presente
no mês de março!